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O QUE É O PROJETO MALACATE?

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MALACATE é um projeto de intervenção artística multidisciplinar criado especificamente para a Mina de São Domingos (Mértola): um local com marcante passado de exploração mineira, de que é prova o edificado industrial de impressivo valor estético que ainda subsiste.

O MALACATE será o vetor de um trabalho artístico contemporâneo e inovador, que surgirá do encontro entre os locais e uma comunidade de artistas nacionais e internacionais, sustentado num vasto processo de mediação comunitária.

 

Caracteriza-se como uma galeria performática a céu aberto que, tal como o malacate - equipamento industrial de transdução - cria ligações entre a mina e o exterior, entre o escondido e o revelado, entre o passado e o contemporâneo e entre o real e a ficção. É a partir da natureza do lugar e das suas pessoas que se desenvolve uma oferta cultural diversificada de enorme potencial atrativo para públicos das mais variadas idades e origens.

MALACATE anseia transformar-se num agente de regeneração territorial e comunitária, afirmando-se como um lugar incontornável para fruição cultural à escala regional, com impacto na atratibilidade para os locais, assim como para fluxos de visitação externos.


Anseia, ainda, melhorar a qualidade de vida dos residentes e alargar os seus horizontes, criando um local de usufruto cultural único no país, a partir do seu potencial estético, que constitui um autêntico museu ao ar livre, criando uma nova camada, através de dinâmicas artísticas contemporâneas, no domínio das artes performativas e visuais.

A partir de uma cooperação transnacional da Companhia Cepa Torta com o Município de Mértola, a Røros kommune (Noruega) e a artista Lise Wulff (Noruega), pretende-se potenciar uma nova visão da Mina de S. Domingos pela ação da prática artística e do trabalho de, com e para a comunidade local, criando uma imagem contemporânea do lugar, não apagando o seu passado industrial, mas reocupando os diferentes espaços com novas memórias e significados.

A MINA DE S. DOMINGOS

"Terra de contrastes, a singularidade da localidade da Mina de S. Domingos não deixa indiferente o olhar de quem por aqui passa. 

É o período de exploração moderna que dita a importância e o legado histórico da Mina de S. Domingos. Numa atividade de extração intensiva que decorreu ao longo de mais de um século (1854-1966), a empresa britânica Mason & Barry extraiu dos jazigos da Mina de S. Domingos mais de 20 milhões de toneladas de minério (cobre, zinco, chumbo e enxofre).

 

A Mina de S. Domingos foi mesmo a maior exploração mineira portuguesa até à década de 1930, com uma força laboral continuamente superior a um milhar de trabalhadores até perto do seu encerramento.

A Mina trouxe para a povoação um nível de desenvolvimento muito acima do vivenciado no resto do país. Aqui construiu-se, por exemplo, uma das primeiras linhas férreas, para fazer a ligação entre a Mina e o antigo porto fluvial no Pomarão, que permitia o escoamento do minério através do rio Guadiana. Construiu-se, também, a primeira central elétrica do Alentejo. E sustentada pela atividade mineira, existia uma sociedade local dinâmica, moderna e com acesso a vários serviços, como um cineteatro ou um hospital.

 

O fim da exploração, aliado à ausência de uma reabilitação adequada após o encerramento da exploração, bem como o abandono e vandalização subsequente do património remanescente ditaram a decadência progressiva do território, consumada no êxodo populacional, na ruína e no enorme passivo ambiental de toda a antiga área mineira." 

(Fonte: https://visitmertola.pt/blog/item/mina-de-s-domingos-patrimonio-mineiro-visitas-guiadas/)

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