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A primeira residência Open Call, Wide Space em maio



Começa em maio a primeira de duas residências artísticas da convocatória pública internacional Open Call, Wide Space, lançado no final do ano passado para os profissionais das artes performativas dos países doadores EEA Grants (Islândia, Liechtenstein e Noruega).


A primeira residência trás até à Mina de São Domingos uma proposta multidisciplinar de três artistas - Ana Brotas, Karina Sletten e Viviana Cárdenas, que se propõem a “iniciar uma série de reuniões, acontecimentos e encontros espontâneos com os residentes para desenhar um mapa emocional que relacione memórias, histórias e gestos sobre a água, bem como as memórias da Mina e a as suas tecnologias hídricas”.


Ana Brotas, Karina Sletten e Viviana Cárdenas estarão na Mina entre os dias 2 e 29 de maio para desenvolver o seu trabalho e desafiar toda a comunidade a juntar-se a elas para melhor conhecer o local, a sua história e as suas gentes. No sábado 28 de maio, antes da sua partida, está agendado um momento de apresentação do trabalho desenvolvido.


Deixamos agora uma apresentação das três artistas que durante o próximo mês andarão pelas ruas da Mina de São Domingos:


Ana Brotas

Ana Brotas tem experiência em pesquisa artística, comunicação audiovisual e pedagogia. Muitas vezes situada em contextos colaborativos e interdisciplinares, a sua prática investiga como a linguagem pode mediar, traçar e produzir conhecimento no espaço público. Os seus projetos anteriores foram desenvolvidos em locais como V2_Lab for the Unstable Media (NL), Associação Luzlinar (PT), Silo Arte e Latitude Rural (BR) e Capital Europeia da Cultura de Plovdiv (BG). Atualmente integra a equipa de investigação coletiva “Urban Ecologies” liderada por Bull.Miletic no ROM for Art and Architecture (NO), e colabora com Viviana Cárdenas no projeto “Metonymy Garden”, examinando a capacidade ficcional das paisagens através de intervenções participativas, narrativa e performance. Ana Brotas é mestre em Arte e Espaço Público pela Academia Nacional de Artes de Oslo, pelo qual foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian.


Karina Sletten

Karina Sletten é uma artista multidisciplinar que trabalha com som, performance, vídeo e estética relacional. Os seus projetos envolvem os pontos de encontro arquitetónicos da convivência entre pessoas, natureza e objetos de desenho humano, muitas vezes utilizando lugares abandonados como locais performativos ou objetos de pesquisas posteriores. A formação de Sletten na rádio confere às suas obras um estilo narrativo, onde a mensagem e a reflexão são frequentemente integradas na obra como um meio interativo. Recentemente, Sletten fez uma residência no Harpefoss Hotell Art Arena, onde realizou uma pesquisa para uma próxima antologia de textos sobre o que ela descreve como “Ruin Constructions” – escavações ecológicas e tecnológicas em questões contemporâneas – como a erradicação da floresta norueguesa e a arquitetura hostil em expansão em grandes cidades. Realizou também uma residência no Notam Center for Electronic Arts em Oslo, onde está atualmente a fazer uma pesquisa para o seu próximo vídeo «Trygghet i Offentlig Rom» (Segurança no Espaço Público) – um olhar crítico sobre como o termo segurança é constituído e usado na experiência e no debate público. Karina Sletten é mestre em Arte e Espaço Público pela Academia Nacional de Artes de Oslo.


Viviana Cárdenas

Viviana Cárdenas tem interesse em produzir projetos e estratégias que sirvam como plataformas de fabulação coletiva e colaborativa. No seu trabalhou montou narrativas ficcionais adaptando espaços através da linguagem, instalação, desenho, impressões, animação e áudio. A sua experiência inclui a co-direção de uma plataforma de artistas para desenho contemporâneo e cultura underground e liderar programas educacionais públicos para adolescentes e crianças. Viviama Cárdenas é formada em artes plásticas e em pedagogia, e tem um mestrado em Arte e Espaço Público pela Academia Nacional de Artes de Oslo. Já realizou residências artísticas no Banff Centre, Ruangrupa, [R.A.T] e Casa Tres Patios. Alguns dos seus projetos recentes incluem TransAtlantic Sci-Fi, um laboratório que mistura paisagens urbanas contrastantes de Oslo e Medellín - apresentado pela TentHaus (NO) e Exploratorio (CO); “Oslo Syndrome”, uma caminhada performativa em colaboração com a Critical Walks com o objetivo de iniciar uma conversa sobre migração, impermanência, desigualdade e destino; e “Metonymy Garden”, uma colaboração com Ana Brotas que procura investigar a natureza e as paisagens como ponto de partida para a fabricação ficcional. Atualmente, está sediada em Oslo, tendo antes disso morado em Bogotá, na Colômbia.






















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